O setor madeireiro é considerado um dos mais importantes para o desenvolvimento do agronegócio. Esse setor tem aproximadamente 7,8 milhões de hectares de florestas plantadas, que tem suas madeiras utilizadas em diversos ramos industriais.
Entretanto, o tamanho desse mercado é compatível com sua complexidade logística, principalmente quando o assunto é realizar o correto transporte da madeira. Por isso essa é uma das dificuldades mais recorrentes para o setor.
Essa é também a dificuldade da sua empresa? Então confira 5 dicas que podem facilitar o seu trabalho de transportar a madeira.
1. Faça um planejamento da operação de transporte
Falta de planejamento é a falha número 1 no transporte de madeira. Assim, para que o processo de transporte ocorra sem intercorrências é importante que todo o planejamento logístico seja cuidadosamente pensado.
Por isso, há 3 níveis de planejamento que devem ser considerados:
· Nível tático (anual) – permite determinar o sequenciamento ótimo de projetos e de talhões em cada projeto, possibilitando o planejamento do momento do corte;
· Nível operacional (mensal) – permite determinar a programação que minimiza o custo de transporte e o custo de movimentação dos equipamentos de pátio; e
· Nível a curtíssimo prazo ou no pátio (diário) – permite determinar o destino dos caminhões no pátio que minimiza o custo de movimentação e o tempo de fila, além de considerar toda a disponibilidade de equipamentos (grua, mesas de picagem).
Esses níveis assumem grande importância devido aos grandes impactos que podem exercer sob os custos e sob a produtividade do processo. Portanto, se planeje para o transporte!
2. Escolha o veículo ideal para cada transporte
Atualmente, há uma ampla variedade de caminhões disponíveis para o transporte desse tipo de carga. Por isso, conhecer a necessidade do transporte será o ponto de partida para que seja escolhido aquele caminhão que realize a tarefa com segurança, eficiência e economia.
Para um melhor planejamento do tipo de veículo a ser utilizado no transporte de madeira, deve-se considerar:
· Distância do local de carregamento (margens dos talhões ou pátios intermediários) até a indústria;
· Quantidade de madeira a ser transportada; e
· Capacidade de carga de cada veículo.
Além disso, os veículos devem sempre estar com suas manutenções em dia, principalmente em razão da sua utilização constante em condições das estradas geralmente nada boas, caso das estradas rurais.
Por isso, componentes como suspensão, pneus e rodas e sistemas de freios devem receber manutenções periódicas.
3. Priorize o bom carregamento e descarregamento
Por muitas vezes, as operações de carregamento e descarregamento são as mais onerosas durante o transporte de madeira, por isso tendem ser onerosas além de demandar maior tempo para serem executadas.
Além do carregamento e descarregamento propriamente ditos, essas operações compreendem todo o tempo gasto em espera, pesagem, conferência e emissão de documentos, por isso é importante sempre ter:
· Muita organização com toda a documentação;
· Uso de bons equipamentos para a carga e descarga;
· Contratação de pessoal qualificado para a execução dessas etapas.
Vale ressaltar que o maquinário utilizado deve ser capaz de garantir a agilidade da tarefa de carregamento para aumentar realizar a coleta florestal, aumentando o rendimento da área.
Além disso, dependendo do tipo de produto florestal, a descarga pode ser feita manualmente ou por meio de máquinas equipadas com garras capazes de remover as toras de madeira do veículo, otimizando o processo.
4. Faça um correto empilhamento no caminhão
Um erro bastante comum durante o transporte de madeira tem relação com forma como os produtos florestais são acondicionados no caminhão, fato esse que pode ocasionar muitos problemas, além de sérios acidentes.
Esse acondicionamento tem uma legislação específica (Resolução nº 246 de 27/07/2007 / CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito) que deve ser seguida para garantir a segurança de motoristas e demais usuários das vias públicas.
A recomendação é adotar o empilhamento em formato de pirâmide, no qual a base tem mais toras do que o topo, lembrando que esse empilhamento nunca deve exceder a altura dos painéis dianteiros e escoras laterais do veículo.
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